segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

O carnaval tem jeito

O primeiro post de 2014 é carnavalesco. Já faz um tempo que venho repetindo que o carnaval precisa se reinventar. Eu só não, meia Bahia. Por favor, a fórmula desgastou e ninguém se deu conta que no Ciclo de Vida do Produto,  nosso carnaval está em declínio?? Nas minhas aulas de marketing sempre comento que nessa fase só restam dois caminhos. O primeiro é matar o produto e retirar ele do mercado. Certamente, por conta da importância do carnaval para o turismo da nossa terra, isso não acontecerá, pelo menos a curto prazo. A segunda, e mais indicada para o caso em questão, é o rejuvenescimento.
 
A Bahia tem vocação festeira. O movimento econômico gerado pelo carnaval e pelo turismo de lazer é vital para a nossa terra. Essa é uma atividade extremamente importante para o destino. Goste ou não do carnaval, curta ou não a música baiana, somos o terrítório de Momo.  
 
A cada ano a gente se depara com uma música nova, de refrão fácil e desconexo que "estoura" e ganha um mundo de prêmios. Aliás, pense em uma categoria que se dá prêmio?? Cada veículo tem seu melhor cantor, melhor banda, melhor música. Na Quarta de Cinzas, diferente do carnaval do Rio ou de São Paulo, onde só tem um campeão, na nossa Culândia todos os "astros" são condecorados e cada um leva um trófeu pra casa. E fica tudo certo!
 
A educação do nosso povo (ou a falta dela), é uma outra conversa. Podemos e devemos discutir isso depois. Seguramente, o negócio "carnaval" precisa envolver políticas amplas, que preparem nossa terra e nossa gente para a vocação principal da Bahia. Só que aí a conversa é longa....
 
Voltando ao assunto da necessidade de rejuvenescer o produto... ouço um monte de gente dizer que corda tá por fora, que seria bacana ter novamente os antigos bailes, que camarote é o fino do apartheid, que a música de carnaval pode ter conteúdo e qualidade, que é preciso ter novos artistas ocupando espaços dos coroas que não querem largar o osso... ou seja, tem um monte de expert, cada um defendendo sua "teoria". Mas no final das contas muito pouco se inova e vai morrendo a nossa galinha dos ovos de ouro...
 
Ontem, com muita alegria, fui no primeiro ensaio do GRUB - Grêmio Recreativo Unidos dos Balangandãs. Uma iniciativa legal, música bacana e gente animada, muito animada. Não chamaria o GRUB de alternativo. Mas ele é uma alternativa, uma saída para quem quer algo diferente do modelo que está aí.
 
 
 Pode até parecer estranho resgatar o antigo pra apresentar algo novo. Mas é isso mesmo. O retrô é uma tendência, e como tal, se manterá presente por um bom tempo. De forma certeira, o GRUB opta por "surfar" a onda retrô, e pelo visto, o pico vai "crowdear"!!!! 
 
 
Boa sorte ao GRUB, o meu bloco a partir de ontem! E meu bloco né fraco não!! É a prova viva, que nosso carnaval tem jeito!