quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Conversa de doido. Vá entender...

 
- Acabou a agonia, Pojuca já tem prefeito!
 
- Como assim? Estamos em agosto, se passaram dez meses das eleições e a cidade não tinha prefeito?
 
- Exatamente! Mais uma vez, a eleição de Pojuca foi decidida nos tribunais. 
 
- Tá, e qual foi o resultado?
 
- Venceu o "ficha suja". Isso mesmo! Vai governar a cidade o candidato que tinha impedimento legal de concorrer.
 
- Mas ele concorreu e ganhou? Como assim?
 
- Sei lá! Coisas de Pojuca...
 
É mais ou menos assim que fico, perdido, sem entender direito essa regra que criaram pra não ser cumprida. Mais uma no nosso pobre país. Só que essa me envergonha profundamente. Sou eleitor de Pojuca, minhas raízes são pojucanas. Pra completar, casei com uma garota que também tem origens na cidade. Cresci ali. Na cidade vivi momentos incríveis, construindo amizades e nutrindo uma enorme admiração por cavalo e gado, pela vida simples da roça. Pojuca faz parte da minha vida. Sempre fará.
 
Voltando às eleições 2012, que só terminaram em 2013, vamos ver o cenário. Quem eram os candidatos?
 
a) a prefeita que estava no mandato. Tínhamos feito a primeira campanha vitoriosa dela em 2008, disputando com o então prefeito que trabalhava para a reeleição. Não foi tarefa fácil, todo mundo sabe como é complicado bater um prefeito que tem a máquina trabalhando ao seu favor. Vale lembrar na eleição de 2012 eu NÃO me envolvi em NADA, nem na gestão da prefeita e nem no processo eleitoral, apenas fui lá votar.
 
b) o "ficha suja", que pela legislação, não teria condições de disputar. Mas ele disputou e ganhou!
 
Resumindo - a prefeita fez um governo medíocre, contaminado por um monte de gente que acreditava que pode tudo, que sabe tudo, que pode comprar tudo. Aliás, a arrogância e a prepotência têm marcado os últimos gestores de Pojuca. Aí ela tomou uma surra do "ficha suja" na urna, em cada 4 votos, 3 dele e 1 dela. 
 
Confesso que foi a eleição mais ridícula que vivenciei. Não tive preferência e nem empolgação nenhuma na frente da urna. Qualquer resultado pra mim, seria indiferente e esse sentimento é uma merda!
 
Uma coisa é certa - tenho agora mais uma história pra contar, que o prefeito da minha cidade é diferente, é "ficha suja"! Poderei dizer que voto em uma cidade que é vergonha nacional!!
 
Como diz meu amigo Ney Cacim, toca o barco!

sábado, 17 de agosto de 2013

Comportamento de Bando

Já falei aqui que dar aulas no centro de Salvador é uma festa. Uma farra do marketing, do comportamento do consumidor. O comércio do centro pulsa de forma diferente, original. Adoro! Sou pop.
 
No primeiro tempo da aula, falava com a turma sobre comportamento do consumidor, moda, tendência. Alguém questiona se os panos que Anitta amarra na cabeça são moda ou tendência. Confesso que vi essa garota uma vez na TV divulgando sua turnê. Depois vi em uma campanha de outdoor, vendendo o mesmo evento. Nunca ouvi nem a música dela toda. Não curto. Reparar que ela usa um pano na cabeça, como uma marca registrada seria demais para mim. Fiquei invocado...
  
 
Horário do intervalo, vou no Center Lapa almoçar e bastam poucos minutos de observação para validar que vááááárias garotas usavam o lencinho na cabeça!!!! O camelô está lotado desses acessórios!! Anitta é sucesso e influencia uma legião de pessoas. Isso é um fato.
 
 
Um profissional de marketing sabe que mais da metade do comportamento de compra é comandado pelo nosso lado ID, é irracional, é animal. Freud explica... Além disso, como consumidores nos comportamos como um bando, adotando posturas e atitudes igualmente animais.
 
Se essa garota mexe com o comportamento de jovens e adolescentes, temos que reconhecer que ela é um produto forte, que vende, você goste ou não de funk.  Marcas e produtos andam a todo tempo caçando líderes de manada como Anitta, que possam puxar comportamentos do bando. De uma forma geral esses bandos têm uma tremenda vontade de consumir. Anitta é mesmo um sucesso. Como o marketing é o exercício do óbvio, arrisco dizer que você ainda vai ver Anitta vendendo um monte de produtos. Pode esperar.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Afinal, o que vale é ser bonito?


Sou criticado por gostar de um calçado que é tido pela maioria das pessoas como um artigo feio, horroroso!! Até dentro de minha casa sou criticado por curtir e querer sempre estar usando Crocs. 

No caso de sapatos, será que o único atributo esperado pelo consumidor é a beleza? Quantas vezes ouvimos depoimentos do tipo "esse sapato é tão bonito, tão chique, mas acabou com os meus pés!!!" ???? Provavelmente todos já passamos por isso! Certamente isso nunca acontecerá quando estamos falando de Crocs. Não ganho um Real para divulgar a marca, mas sou um consumidor satisfeito. Busco conforto e isso o Crocs proporciona com folga!!!  

Acho qualquer visão preconcebida triste. Como profissional de marketing, penso que existiriam outros caminhos para a marca. Mas os gestores da empresa preferiram tentar anular o preconceito criando outros produtos. Na boa, acho que não vai funcionar. Sabe aquele apelido que você não gosta? O que acontece quando você é reativo a ele? Pois é. Infelizmente, a postura defensiva da Crocs pode custar caro...

Padrão de beleza é pessoal, complexo, inexplicável. Minha avó sempre dizia que "quem ama o feio, bonito lhe parece!" Você, por exemplo, é bonito? Me deixe, viu?

Para ver matéria sobre a estratégia da Crocs, clique no link abaixo:

sábado, 6 de abril de 2013

Status pela pirataria

Dar aula no centro da cidade é sempre uma farra. Mercados populares me fascinam desde pequeno. O movimento do consumo do povão é uma verdadeira festa: gritaria, babado, confusão.

Fui almoçar no shopping e para percorrer menos de 200 metros, entre o local da aula e o Center Lapa, foi uma agonia. Camelôs vendendo de tudo, um mundo de gente pra lá e pra cá, com um sol digno de praia, em pleno mês de abril. Minha natureza mercadológica vibra com essas experiências. Gosto de feira, de supermercado de bairro, de camelô, de shopping popular. Eu sou do povo... Fico feliz com a chegada das grandes classes C e D na nova dinâmica do consumo.

Comento sempre com os meus alunos que o consumidor adota comportamento de bando. É o lado ID da nossa natureza interferindo diretamente nas compras. Um dia desses, perguntei a Henrique se ele estudava no Colégio Hollister. Ele achou a brincadeira sem graça kkkkk. É que eu tinha visto uma postagem criativa nas redes sociais sobre o comportamento de compra de adolescentes. Sem exagero, todos, simplesmente todos os amigos dele usam Hollister!!! Menos Rodrigo! Fiz a mesma pergunta para ele e a resposta foi inusitada: "Porra de Hollister, eu estudo é na Escola Cyclone, tio!"




Apois, como se diz lá em Sergipe, saindo do Center Lapa me deparo com um camelô vendendo camisetas Hollister em um varal. Várias, de vários modelos e cores. Tinha Abercrombie e Aéropostale também! E os clientes estavam fazendo a festa!!!! A festa do status, através da pirataria. É a pseudo inclusão, o "jeitinho" para se inserir no mundo das marcas de luxo, para se sentir mais rico, ou menos pobre. Nada contra as classes mais populares, aliás quem me conhece sabe que sou entusiasta da classe C. Mas a pirataria é muito cruel com marcas como essas, que construíram ao longo de tanto tempo no mercado, um posicionamento bacana, com públicos bem segmentados e específicos. Se fosse gestor de uma dessas marcas, iria pirar.... Está aí mais uma prova de que consumimos marcas e não produtos. 




terça-feira, 12 de março de 2013

Retratos da incompetência

Ontem, indo pro trabalho, ouvi um comentário de Ricardo Boechat que me deixou incomodado o resto do dia. E hoje, acordei com isso na cabeça. Ele falava de uma foto que o marcou como jornalista e que foi premiada internacionalmente. É de 1983, do fotógrafo Delfim Vieira, publicada no Jornal do Brasil. A imagem é de um sertanejo cearense, flagelado da seca, mostrando um calango, a sua única refeição do dia.



Dando sequência ao seu comentário, Boechat viaja 30 anos e fala de uma nova foto, publicada no UOL, bem parecida com a primeira. O cenário é o mesmo - no sertão piauiense, um brasileiro vítima da estiagem, posa para a câmera com um rato silvestre, conhecido como Rato Rabudo.


É difícil imaginar que em pleno século XXI ainda possam existir pessoas que precisem caçar ratos pra não morrer de fome. É difícil entender que mesmo sabendo que todo ano acontece a estiagem, ainda se administre cidades, estados e países sem fazer planejamento. É complexo demais aceitar que nossos políticos continuam insistindo em um modelo antigo, arcaico, assistencialista e que prioriza apenas o enriquecimento às custas da miséria da população. 

Por isso, defendo que todo gestor público deveria obrigatoriamente comprovar capacitação em planejamento e gestão pública. Além disso, deveria ter metas pactuadas com a população. Não cumpriu as metas, tchau! E poderia ficar impossibilitado de retornar futuramente, por um simples motivo - incompetência comprovada! Simples, né?  

Só para terminar, fico pensando... Se em Pojuca tivesse seca... 100 anos, sem prefeito, sem água, sem comida. Era melhor sair do mapa!


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Onde está a sua verba?

Meus alunos estão cansados de ouvir o meu discurso - um profissional de marketing deve sempre exercitar a visão além do alcance. Para quem não é da área, isso certamente lembrará um dos poderes dos Thundercats. O que busco com essa conversa é mostrar que podemos ter no nosso cotidiano uma visão crítica, com uma "pegada" mercadológica. Alguns têm dificuldade de entender o espírito da coisa, mas é muito gratificante ver alunos descobrindo como o marketing é fantástico!

Pois bem, costumo ir ao carnaval todo ano. Não que seja um amante da festa, mas como profissional de marketing, não posso me afastar desse grande movimento social, cultural, econômico, mercadológico. Vocês precisam concordar comigo que essa movimentação durante os dias da festa é simplesmente genial. Dança, música, comportamento, moda, economia tudo junto, na mesma ambiência. E a gente vê é coisa!!!!!!

Em uma das minhas saídas desse ano, de um dos camarotes, flagrei o seguinte absurdo:

O cenário - um bloco tido como "selecionado", que atende a um segmento bem específico de público, e que tem sete grandes patrocinadores, passando pela Barra, mais precisamente em frente ao Farol Barra Flat. Me deparo com sete blimps amontoados na frente do bloco. 



O que deveria ser um momento único, de exposição agressiva das marcas de quem bancou toda aquela estrutura, se transformou em mais um bolo doido de marketing.

Se eu fosse gestor de marketing de uma dessas grandes marcas, a verba do carnaval do ano que vem estaria suspensa. Isso é uma falta de respeito ao patrocinador. Se o gestor da marca do patrocinador estava no bloco, curtindo com o seu abadá recebido como permuta (coisa bem fácil de ter acontecido) e permitiu essa maldade com a bandeira que paga seu salário sem questionar, estaria demitido na quarta-feira de cinzas. INCOMPETÊNCIA!!!! É também falta de planejamento, inclusive logístico. E pra completar, ainda gera essa poluição visual monstruosa. 

O carnaval, definitivamente, precisa ser repensado. Sob pena de se esvaziar em público e principalmente, patrocinadores. E os diretores e gerentes de marketing, deveriam dar uma blitz pra checar o que andam fazendo com seu patrimônio mais valioso...


segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Carnaval, o Mito da Pegação


Durante um bom tempo dei aula no curso de turismo. Gostava muito de atuar nessa área, tinha colegas que hoje se transformaram em amigos e deu para construir um network profissional bem amplo. Era tão envolvido nesse ambiente, que a minha dissertação do mestrado foi sobre estratégias de marketing turístico.

Uma das coisas que sempre ouvi dos professores do curso, principalmente os turismólogos, foi que a Bahia sempre se vendeu de forma equivocada para o mercado consumidor. O marketing da Bahiatursa do início dos anos 2000 vivia tentando corrigir uma imagem construída pelas gestões mais antigas, um conceito equivocado, de que na Bahia se pratica, prioritariamente, o chamado turismo "sol e bunda". Tinha uma professora, que viajava "sério" nas análises semióticas e via sexo em todas as campanhas publicitárias dos órgãos de turismo e outros players desse segmento. Mesmo que estivesse escondido, até na forma subliminar, ela encontrava sacanagem nas campanhas. Me divertia muito com as interpretações. Ela dizia que precisávamos desconstruir o Mito da Pegação - aqui pode tudo, principalmente durante a festa da carne...

Ouvi um ex-comandante da Bahiatursa dizer em uma palestra que o perfil do turista desejado não é o daquele estrangeiro que vem em busca de farra barata e sexo fácil. Esse turista deixa muito pouco em termos monetários, além de banalizar, marginalizar. Perfeito! É muito melhor ter um turista elitizado, que venha por exemplo, fazer pesca oceânica, alugar lanchas e contratar guias de pesca especializados, pagando preços elevados para usufruir dessas preciosidades. Ou então aquele que vem em busca da cultura, da história, da religião, que procura mergulhar nas vivências baianas. Esses são interessantes na ótica mercadológica. 

Pois bem, nos últimos anos temos visto campanhas sistemáticas de combate ao turismo sexual, sobretudo  aquelas que buscam acabar com a exploração infantil. Vi esforços para vender a Bahia como um destino turístico multifacetado, com opções de montanha, aventura, lazer, cultura, religião. Tiros certeiros! E isso é bem bacana, temos realmente muitas possibilidades de segmentação. Aliás, sempre digo que o turismo é um excelente exemplo de segmentos de mercado. 

Mas não adianta de nada se esforçar para valorizar algo, se tem gente que não tem compromisso com o que fica para a nossa terra, para a nossa gente. Vi o outdoor que faz parte da campanha do Camarote Planeta Othon em parceria com a Band, e fiquei retado. Ok, as Panicats são esculturas. Ok, o camarote é muito bem estruturado. Mas não era preciso apelar. É por essas e muitas outras que o Mito da Pegação ainda vive! E para aqueles que não podem pagar pelo luxo do camarote, talvez reste o turismo sexual e o abuso às crianças e adolescentes. Um tiro no pé, uma bola fora. Que lixo de comunicação...


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Fake com posição


As redes sociais revolucionam a cada dia a comunicação. É verdade que um monte de coisa que aparece é meteórica. Também é certo que existem ferramentas que não conseguirão sobreviver mais do que o tempo em que estiverem na moda. Mas temos sim aplicativos, ambientes, ferramentas, comportamentos e estratégias que chegaram pra ficar e definitivamente estão mudando a forma de falar com as pessoas e para as pessoas.
Todo mundo fala que Obama usou de forma diferenciada as redes sociais na sua primeira eleição. Aqui no Brasil os políticos estão aderindo. Já é possível ver coisas bacanas sendo feitas, mas tem também um monte de lixo, de comunicação feita de forma amadora, "em cima da perna". É a chamada "solução doméstica", que na minha cabeça é uma insanidade, uma triste ilusão para quem vende e para quem compra.
Já faz tempo que na política se usa o recurso de criar personagens ou se esconder atrás de pseudônimos para dar o recado. Eu sempre fui contra essa prática, até porque defendo e defenderei sempre que política é posição. Para mim, quem faz notas anônimas, ou assinadas por "personagens" não tem coragem de assumir posição, e portanto, não serve para atuar na política. Em Pojuca tinha (ou tem?) um tal de "Amigo Tamanduá" que atacava de forma inescrupulosa de um lado. Do outro, "cientistas políticos" alucinados, adoram soltar "balões de ensaio". Ambos acham suas práticas altamente certeiras. Acho que elas acertam sim, de forma maldosa e irresponsável a integridade e a privacidade das pessoas.
Mas felizmente temos coisas legais acontecendo na ambiência política da Cidade da Bahia. Dá gosto de acompanhar o nível de profissionalismo da equipe que conduz o fake mais badalado da atualidade. Sim, existe vida inteligente no mundo Fake! O perfil "falso" (ninguém sabe ao certo se é realmente falso, até acho que seja verdadeiro) do prefeito ACM Neto no Facebook e Twitter são a prova de que com criatividade e humor dá para comunicar bem, para dar o recado direitinho!
Goste o não de Neto, você vai concordar comigo, o trabalho tem qualidade e cumpre certinho o seu objetivo. Visite os perfis clicando nos links abaixo. Comprove o que eu tô falando.
Página do Prefeito Netinho no Facebook

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Reinvenções do marketing

Acho que poderia ser publicitário. Poderia ser escritor ou ser um artista. Ou quem sabe viver do surf. Todas essas são atividades que desenvolveria com gosto, por um motivo bem simples: eu não gosto de trabalho repetitivo, gosto do novo, do que se reinventa.
 
Escolhi ser profissional de marketing, justamente por isso. A nossa atividade nunca, absolutamente nunca, se repete. E isso encanta demais! E o grande barato é que a reinvenção usa o óbvio como combustível. Na faculdade ouvi muito a conversa de "quebrar paradigmas". É isso!
 
Nos últimos dias vi alguns exemplos de reinvenção do marketing, vou compartilhar com vocês:
 
1) Ação promocional do filme "As Aventuras de Pi"
 
 
Genial.... Pra que algo mais óbvio do que isso? Parabéns para a 20th Century Fox!
 
2) Ação da Coca-Cola no natal, na comunidade de Suspiro, Piauí.
 
 
Acho que foi uma das melhores do ano! Sucesso!
 
Por essas e outras, só acredito em marketing profissional, de qualidade. E terminantemente contra toda e qualquer solução doméstica. Com fé em Obaluaiê, o regente de 2013, ainda vou ver o marketing político nessa pegada, quebrando paradigmas....

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Muito prazer

Mais uma vez, o cenário político de Pojuca me preocupa. A cidade não tem prefeito, tudo indica que lá haverá uma nova eleição. Quem ganhou não levou e quem achou que tinha levado sem ganhar, "tomou" uma liminar nos 45 do segundo tempo e ficou fora do cargo. Assumiu interinamente a presidente da Câmara, a Vereadora Cristina. A caneta está com ela!
 
De uma forma geral, conheço as pessoas que transitam na política pojucana. E essas pessoas, na sua maioria, também me conhecem. Mas eu não conheço Cristina. Se passar por ela na rua, não sei identificar a prefeita. Acho que esse "fenômeno" deva estar acontecendo com muitos outros pojucanos. E vocês precisam concordar comigo que a população de uma cidade do tamanho de Pojuca, em condições "normais" conhecem o prefeito. Ou não? 
 
Vivo repetindo nas minhas aulas de marketing que estamos na era da percepção. Nao basta ser, é preciso parecer ser. Na minha humilde opinião, os cientístas políticos que pensam a carreira da prefeita e do seu grupo deveriam atentar para a necessidade urgente de Cristina se mostrar como prefeita. Ser vista como prefeita. Mesmo sabendo que o que a levou ao cargo foi um contexto turbulento e confuso! Mas tá valendo, até a próxima eleição a prefeita é ela! Ou não? E por que não trabalhar o nome dela como futura candidata? Ou o grupo dela tem outro nome? Na boa, ainda não entendi direito essa estratégia.
 
Independente de como Cristina chegou à prefeitura, ou quanto tempo ela ficará por lá, uma questão é fato - ela tem poder! Tanto que foi eleita presidente da Câmara, e por isso chegou a prefeita, mesmo que interinamente. Nas minhas aulas, também digo que marketing é o exercício do óbvio. E nada mais óbvio (pelo menos para mim) que Cristina é um nome importante para as eleições que devem acontecer em breve. 
 
Eu voto em Pojuca. Hoje, a prefeita da minha cidade é Cristina, e eu acho que está faltando ela fazer algo que é bem básico - se apresentar! É preciso dizer: "muito prazer, eu sou Cristina, a prefeita". Inclusive, sugiro que os seus mentores contratem a banda para cantar esse sucesso no grande dia da apresentação da gestora, e assim fixem de vez a condição de Cristina. Pojuca tem mil motivos para te amar, ou não, Cristina. A caneta é sua...