Preciso perguntar um negócio pra ele....
Até gosto de Mário Kértesz. Acho
ele um cara inteligente, espirituoso. Tem um trabalho bacana no rádio, inovou
no segmento e é reconhecido por isso. Sinceramente, não lembro dele como
prefeito, na época não me ligava em política.
Só que eu não tinha como ficar
calado diante do que tenho visto na campanha do candidato. Ele tem dito e repetido que não
acredita em pesquisa!! Tem usado um
argumento raso, lastreado por situações passadas em que resultados de pesquisas
eleitorais foram manobrados e avaliados de forma tendenciosa. Quem
sabe aquelas trapalhadas não foram geradas por um erro grotesco na análise dos dados?? De uma forma ou de outra,
não consigo conceber que Mário esteja sendo verdadeiro na sua fala!
Nas escolas de administração se
ensina que a pesquisa é a principal ferramenta na tomada de decisões. Se ensina
que a pesquisa feita de forma responsável, fundamentada em princípios
científicos, não erra. Mário é administrador de formação, é empresário, sabe
que está faltando com a verdade. Para mim, a única justificativa para ele usar
esse argumento é muito dura. Quase um “murro na boca do estômago”! Atenta
contra a percepção que tenho do candidato, construída ao longo da minha relação
com ele como ouvinte - não consigo conceber que um cara como Mário se submeta a
usar um discurso frágil, superficial, falso, por orientação da sua equipe de
campanha. Não, esse não é o Mário.
Se os institutos de pesquisa têm
suas credibilidades passíveis de questionamento, “são outros quinhentos reais”.
Se existem “profissionais” e empresas de pesquisa que não conhecem a ética e se submetem a
“maquiar” números para atender aos “estrategistas” e seus clientes, a conversa não é por aí. Se tem um bando de gente se aventurando a fazer o que não sabe (nossa, o mercado tá cheio desses "técnicos"!), a discussão então é outra. Aliás, uma boa discussão!!!! Agora, que a pesquisa acerta,
isso acerta. Questionar a pesquisa é
duvidar da ciência. E isso não tem cabimento. Principalmente quando se trata de
alguém instruído, preparado.
Alguém
chama Mário aí? Preciso lembrar que na rádio ele criticava tanto os tais "factóides"...