quinta-feira, 26 de julho de 2012

Apagão de ideias

O período eleitoral começou, mas eu confesso que aqui em Salvador, nas campanhas para prefeito, até agora não vi nada de diferente. Muito pelo contrário, achei que está tudo muito igual. 

Não vi nenhum trabalho mais elaborado de construção de marca e conceito. As criações se limitaram ao uso de fontes e cores. Espero que com o programa eleitoral gratuito na TV e no rádio, possa me deparar com algo que faça a diferença, que chame a atenção.

Talvez esse apagão se justifique por conta de algo que já venho falando há um certo tempo. Na minha humilde opinião, o que faz a diferença em campanhas é o envolvimento do profissional de marketing no dia-a-dia da disputa. Pelo menos nos trabalhos que faço, prezo por isso. Do mesmo jeito que só oriento decisões fundamentadas em dados científicos, obtidos através de pesquisas eleitorais sérias. Não abro mão de só entrar se for pra ser de "corpo e alma" no processo. Se não for assim, prefiro não fazer o trabalho.

Mas acho que a maior parte das agências ou profissionais da área não comunga da mesma opinião. A grana fala mais alto, se enchem de campanhas e no final tudo termina se parecendo, quando não são iguais. Ridículo! Porém sou otimista. Acredito que ainda dá tempo de ver belos trabalhos. E que mesmo faltando pouco mais de 60 dias para as eleições, vou me surpreender. Assim espero. 

E como esse é um blog das minhas viagens, vendo umas placas na Paralela, viajei.... Poluição sonora? Rua esburacada? Chame Mário! Super Mario.... lembrei na hora.....


Já em relação às campanhas para vereador, queria destacar a do meu amigo Eliezer Cruz. Posicionamento certeiro, estética clean. Um "produto" preparado, sério, competente e boa praça. Só poderia dar nisso. Uma campanha muito bacana. E ainda nem vimos ele discursando ou falando no programa eleitoral gratuito! Aí é que vocês vão ver um show de comunicação!! Com um produto desses, dá gosto ser profissional de marketing político.





sexta-feira, 13 de julho de 2012

Ato Supremo


Hoje, 13 de julho. Além de ser o Dia Mundial do Rock, é aniversário de Henrique, meu filho. 15 anos. Ele estava sem surfar desde que viajou pros EUA. Um mês sem o mar, sem a água salgada, sem as ondas. Como a máquina de ondas está ligada aqui em Salvador, decidimos ir na praia bem cedo.
Mar liso, vento zero, solzão nascendo, ondas. Tinha uma correnteza forte puxando pra fora, mas isso é o de menos. Surfamos algumas ondas, e na saideira vi Henrique dropar uma esquerda linda, a onda abriu toda. Ele saiu lá na frente gritando. Tubo! Momento mágico, que só quem surfa pode sentir. Yemanjá, Netuno, Posseidon, sei lá! Só sei que Deus mandou pra meu filho um tubo de presente! Presentaço!
Na volta pra casa, esperando Henrique comprar o pão, ligo o rádio e ouço Ricardo Boechat falando da falta de alinhamento dos governos de Dilma e Wagner. A presidente afirmou em discurso que o PIB não mede o nível de desenvolvimento de uma nação. Segundo ela, o que deve se observar é o cuidado do país com as suas crianças e adolescentes.
Boechat comentou que acredita que Wagner deveria pedir a Dilma para interceder e tentar uma solução. Mais de três meses sem aulas, não tem mais cabimento. Perfeito. Continuando o comentário, ele diz que os professores, em um “Ato Supremo” deveriam voltar às suas atividades e tentar conversar com o governador com as aulas restabelecidas.
Na boa, gosto de Boechat, mas aí eu não concordo. Um desgaste enorme, ano letivo comprometido, pra não avançar em nada? Nada de Supremo. Discutir de forma ampliada a educação, aí sim um “Ato Supremo”. Rever de forma profunda o que deveria ser a base da nossa nação.
Parêntesis para a definição de Supremo: “adj. Que está acima de tudo: dignidade suprema. Que pertence a Deus; celeste, divino: a suprema justiça. O principal, o mais importante: este é o instante supremo. Último, derradeiro: o momento, a hora suprema.”
O tubo é supremo. O Rock também. De resto...

segunda-feira, 9 de julho de 2012

Sincronicidade ou sinais? Ou os dois?

Cachoeira do Poço da Árvore, Vale do Pati, Chapada Diamantina.
Beleza. Ontem, do nada, Cissa resgata fotos dos Vales do Pati e do Capão. Apesar da ligação com o mar, gostamos de recarregar as baterias nesses locais. Ultimamente estávamos repetindo o ritual de iniciar o ano com uma temporada na Chapada. Mas esse ano não rolou.... 

Beleza 2. Cissa vai dormir e eu vou assistir a um documentário sobre a trajetória de Lyoto Machida, lutador do UFC. Gostei de conhecer mais sobre a vida do "The Dragon". Mas um ponto me chamou a atenção. Em um dado momento do programa ele faz uma palestra para motivar para jogadores do Payssandu, Lyoto é de Belém do Pará. E aí ele manda: "A técnica vence a força. E o espírito vence a técnica". Fiquei com isso na cabeça.... Seguindo essa lógica, precisamos estar bem resolvidos espiritualmente para encarar qualquer luta...  

Beleza 3. Estou lendo um livro bacana, "Peregrinos do Sol - A arte da espada samurai", de Luiz Kobayashi, indicação do meu brother, professor João Chaves, mestre de Aikidô. Livro denso, muita informação nova, mas estou gostando. Essa ambiência oriental me atrai. Dentre as muitas informações, o livro traz uma reflexão sobre a importância da espiritualidade e religiosidade para o povo oriental, em especial para os samurais. O livro é construído no universo da arte da espada samurai....

Mas a conversa de Lyoto ficou a noite de ontem e o dia de hoje na minha cabeça. Fui pesquisar. Olhem o que achei: “Entre a força e a técnica, vence a técnica. Se a força e a técnica forem iguais, vence o Espírito.” Miyamoto Musashi. Bingo! Musashi foi um guerreiro muito admirado no Japão, buscou a perfeição através da espada samurai! É considerado um herói por aquelas bandas.

Sincronicidade é a palavra! Sinais de que por mais que sejamos negligentes, sempre dá tempo de buscar tirar o atraso e trabalhar nosso espírito.

Precisamos ir no Vale do Capão.