27 de outubro de 2010
Estou coletando mais informações para poder prepar o post sobre o Candomblé em Angola. Vamos esclarecer algumas “coisitas” sobre essa temática. Mas não dava para deixar passar... A primeira noite em Mbanza Kongo (aprendi que a grafia correta é com Kappa - é assim que os angolanos chamam a letra K) foi de muita chuva e trovoada. Epahei!!! Salve Iansã!!! Deusa dos ventos e trovões. Nossa Santa Bárbara.
O calor que fazia ontem a tarde denunciava que iria chover. Mas não imaginava que seria tão rápido e com tanta intensidade. Segundo o diretor do Instituto de Administração e Gestão de Mbanza Kongo, meu local de trabalho, o período das chuvas até demorou de chegar. A cacimba, que aqui em Angola é a época das chuvas, termina em 15 de setembro. Porém ela só veio ontem. E como se diz na Bahia, “veio de com força”. Choveu tanto que hoje não teve aula! Não tinha aluno...
Ontem tinha poeira, muita poeira. Aliás a carrinha, as bagagens e nós chegamos cobertos de poeira vermelha. O solo aqui é o mesmo massapê da Embira Branca. Igualzinho. E hoje tinha foi lama, muita lama. Idêntica a da Embira Branca quando chove. Aquela lama liguenta. Zeca tinha uma definição muito apropriada para essa lama..... hahahahahaha. Consultem Dr. Roberto que ele explica hahahahaha. Pausa para registrar tópico para post futuro – construções com adobe.
Toda a estrutura física do instituto é de responsabilidade do governo chinês. Desde a construção, que foi feita por aqueles chineses que já citei em um post anterior, até o apetrechamento. E é um senhor apetrechamento. Não dá para acreditar que na África, em Angola, no Zaire, em Mbanza Kongo, possa existir uma condição física de trabalho daquela!!!!
Os laboratórios de informática são novíssimos e tudo é muito moderno. Só computador bala!!!! Salas de aula, de professores, gabinetes tudo é muito bom. Tem até um ginásio, que vem a ser a nossa academia, arrumadíssimo, com pesos, todos (eu disse todos!) os materiais de ginástica olímpica, tatame. Ôpa!!! Já tenho onde malhar e quem sabe puxar um treininho de Jiu Jitsu..... Sábado vamos botar pra funcionar, pois o ginásio está fechado, cheio de teia de aranha! Tem também quadra esportiva de boa qualidade. Mas nem tudo são flores...
Pode ser que alguém mais observador tenha já comentado que estou surtando, cadê o esquecimento do título do post??
Tive um professor que repetia todas as aulas que sem leitura não há academia. O outro, dizia que não tem nada mais prático que uma bela teoria. E a teoria estános livros. Vi até o filho desse professor agorinha em Passione, cantando em italiano.... O grande problema do instituto é a biblioteca. Ou melhor, o que deveria existir dentro dela e não existe. Livros. Aqui eles são caros demais. E quem escreveu esse projeto que espalhou por todo o país 34 institutos exatamente iguais, não contemplou a aquisição de livros.
Tive um professor que repetia todas as aulas que sem leitura não há academia. O outro, dizia que não tem nada mais prático que uma bela teoria. E a teoria estános livros. Vi até o filho desse professor agorinha em Passione, cantando em italiano.... O grande problema do instituto é a biblioteca. Ou melhor, o que deveria existir dentro dela e não existe. Livros. Aqui eles são caros demais. E quem escreveu esse projeto que espalhou por todo o país 34 institutos exatamente iguais, não contemplou a aquisição de livros.
Aqueles que trouxeram livros, como foi o meu caso, rapidamente se sensibilizam e decidem doar o material depois de realizar o trabalho. Como trouxe uma mala cheia deles, em dezembro a biblioteca ganhará alguns exemplares. E se voltar, trarei outros. Acho que é o mínimo que posso fazer por jovens que querem mudar de vida e crescer junto com o seu país.
E aí o jeitinho brasileiro faz a diferença! Vamos nos virando como podemos! Felizmente, hoje é possível fazer download de muitos títulos na internet. Alguns colegas trouxeram muitos e-books técnicos do Brasil. Decidimos que a primeira atividade nossa será a montagem de um acervo digital, o que já é um grande passo, para quem não tem nenhuma referência. O diretor cedeu dois computadores para servirem de “depósito” desses e-books e outros materiais digitais, como slides de aula e fascículos (é assim que os angolanos chamam as apostilas). Ah, só para clarear, quando digo nós, me refiro aos três professores brasileiros do instituto - Cleber, Henrique e eu. Vamos começar a fazer isso amanhã.
Que coisa hein? Instituto bem equipado,com biblioteca vazia... É a mesma coisa de adquirir um livro com uma capa linda e as páginas em branco! Vamos abrir uma livraria em Angola!!!
ResponderExcluirÔpa!!!! Heitor, ela já está pensando em se mudar... Vou ter uma família de soteroangolanos ricos!!!! ;-)
ResponderExcluirVai ser legal Robinson! Vc passará metade das férias no Acre e a outra metade em Angola.
ResponderExcluirkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk Assim não vale.....
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