Hoje o dia foi quase todo destinado à montagem da estrutura de trabalho. De manhã muito entra e sai de carro. Vai na casa, no hotel, no condomínio. Até na Universidade 11 de novembro eu fui. Essa é uma universidade pública, federal, que integra um projeto maior de arrumação do país. Lá têm cursos para formação de professores do ensino fundamental e médio, além do curso de gestão de empresas. Fomos lá encontrar o empreiteiro que irá fazer a obra da casa. Ele estava na aula.
De tarde fiquei trabalhando no instituto o planejamento para o resto do ano. Sem maiores novidades até então. Mas na saída, como que uma lâmpada daquelas que aparecem em desenho animado, nasceu o post de hoje!!!! Na hora da despedida, o diretor, que dá show de produção de moda (o cara lança cada roupa massa, depois comento), falava sobre a importância e das linguagens da vestimenta em Angola.
Ele contou que de segunda a quarta, os dirigentes das instituições públicas ou privadas devem usar traje mais sóbrio, preferencialmente fato (terno). Quinta já descontrai um pouco mais, é permitido usar calça e camisa social, mas sem gravata ou paletó. E sexta? Ah, sexta é “casual day” como dizem os americanos. A roupa já pode ser mais descontraída, para os que gostam do estilo, claro. Em bancos, por exemplo, isso é muito normal. Meu professor de RH na faculdade dizia que em grandes multinacionais isso é regra.
Ok Heitor, mas para que essa ladainha toda, se isso até acontece em outros locais no Brasil e no mundo?
Porque cheguei aonde eu queria – sexta-feira em Angola é o dia do homem!!!!! Aqui é institucionalizado que na sexta, depois do trabalho, o homem pode sair, beber, e fazer tudo o que bem entender. Sem stress em casa! Sem cara feia no final de semana! Tudo dentro da maior naturalidade! As casadas aproveitam a situação para lavar e passar roupa, cozinhar ou fazer outros serviços relacionados à casa e aos filhos. As noivas e namoradas também ficam em casa. E os homens vão para o mundo.
Sexta-feira é o dia de dar atenção ou de arrumar as “catorzinhas”, como são chamadas as segundas, terceiras e por aí vai. Normalmente são meninas novas, que na falta de homem, se submetem a ter relacionamentos com homens mais velhos e comprometidos. “Prá burro velho, capim novo”, meu pai repete isso direto.... me sinto naquela novela em que Lima Duarte tinha as cabritinhas...
Por mais curiosa que seja essa situação, e por mais que cada um de nós tenhamos conhecidos que adorariam que a regra valesse no Brasil, é bom entender que até nesse aspecto os anos de guerra continuam influenciando a vida e os comportamentos das pessoas. Demanda reprimida. A lei natural da procriação precisa ser cumprida.
Vamos ver como será a roupa do diretor hoje. Estou curioso. Se conseguir acesso, posto daqui a pouco. Caso contrário, vocês terão que aguardar até amanhã para matar a curiosidade!
Estou começando a gostar de Angola. Tudo que eu penso acontece por aí ? Hj é sexta, vou atrás de umas "catorzinhas ".
ResponderExcluirHeitor, vamos trazer esse estilo de "casual day" para cá! Mas que genial!!! Podemos combinar todos os eventos da Marathon Club para esse dia! Não seria ótimo?????
ResponderExcluirMeu Deus!!!!!!!!!!!! Dai juízo a quem não tem kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
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